CIJ-DF promove oficina de documentos psicossociais para entidades de acolhimento

Na última terça-feira (19/9), no auditório da Vara da Infância e da Juventude do DF (VIJ-DF), a Coordenadoria da Infância e Juventude do Distrito Federal (CIJ-DF) promoveu uma oficina de documentos psicossociais para os técnicos que atuam nas entidades de acolhimento do DF, ministrada pelo servidor da Vara, psicólogo Carlos Böhm. Participaram do evento servidores da VIJ-DF, dirigentes e membros das equipes técnicas das entidades de acolhimento do DF. Sobre como surgiu a ideia de montar a oficina, o palestrante Carlos contou que foi em uma conversa entre a CIJ-DF e as sessões técnicas da VIJ-DF, quando se verificou a necessidade de fazer uma ação em prol das entidades de acolhimento. “Por meio do contato direto da Vara da Infância com as unidades de acolhimento, recebemos dos profissionais das instituições pedidos de orientação sobre a redação dos documentos psicossociais”, esclareceu o psicólogo. Além disso, os servidores que atuam nas áreas psicossociais da Justiça Infantojuvenil identificaram que a comunicação com as entidades de acolhimento deveria ser mais alinhada. “Para que os adolescentes e crianças acolhidas tenham suas demandas prontamente atendidas é primordial que os documentos produzidos pelos técnicos sejam precisos”, avaliou Carlos. Carlos mencionou que as informações que as equipes técnicas prestam informações à Justiça por meio de documentos devem estar bem alinhadas, pois impactam no futuro das crianças e na celeridade processual. “O desejo da oficina é encontrar a melhor forma de confeccionar os documentos, descrevendo de maneira clara os episódios e históricos das crianças, para atender às necessidades da Justiça”, enfatizou. Durante a oficina, Carlos abordou pontos importantes para a construção do texto nos documentos, como a economia verbal, harmonia e estruturação textual. Os princípios técnicos da linguagem escrita também foram detalhados pelo professor. “Devemos estar atentos para a correção gramatical, a precisão e a dupla interpretação”, mensurou. O psicólogo referiu-se ainda à utilização dos termos técnicos e termos do senso comum, esclarecendo que os dois casos requererem prudência, não devendo utilizar tanto os de senso comum e nem mesmo restringir os termos técnicos. “Sempre oriento aos alunos chegarem ao meio termo ao elaborar o documento”, avaliou. No final do encontro, Carlos disse que o propósito do curso foi de discutir os casos práticos do cotidiano dos servidores da VIJ-DF e dos técnicos, e trazer as normas que estabelecem os requisitos da redação dos documentos psicossociais. “Agradeço à CIJ-DF por promover o curso, a todos os presentes e aos servidores das Vara, que ajudaram na elaboração do curso”, finalizou. Sobre o palestrante Além de possuir vasta experiência em ministrar cursos de redação de documentos acadêmicos, Carlos é doutor em Ciências do Comportamento, professor universitário, autor de livros e artigos, analista judiciário na (VIJ/DF) e conselheiro da Comissão de Ética do Conselho Regional de Psicologia do DF. Carlos trabalha na Seção de Colocação da Família Substituta – SEFAM da VIJ-DF, onde estabelece contato direto com os profissionais das instituições de acolhimento e com documentos psicossociais produzidos por eles. “Recebemos solicitações dos profissionais de como produzir os documentos de forma mais eficiente. Faz parte da rotina de Carlos avaliar as características que os documentos psicossociais devem conter, pois, no desempenho de suas atividades como professor universitário e conselheiro no Conselho Regional de Psicologia – CRP, essa ação educacional é de sua competência. Feedback Adriana Rabelo, psicóloga da entidade de acolhimento Lar Jesus Menino, falou sobre a importância de trabalhar a temática: “O curso foi dentro da nossa realidade, pois a equipe técnica sempre faz relatórios. Carlos mostrou como deve ser feito, pois temos dúvidas em relação a cada tópico do documento: declaração, parecer, relatório, atestado e laudo”, acrescentou. Adriana comentou ainda que a oficina proporcionou uma reflexão sobre o conteúdo que redige nos documentos e o impacto que ocasiona na vida dos acolhidos. “A oficina esclareceu os casos práticos que atendemos, qual linguagem e termos que devemos usar para não generalizar. Para o leitor, a descrição minuciosa dos fatos é preciosa”, avaliou a psicóloga.
21/09/2017 (00:00)
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